Relicário do cotidiano trivial mais que banal...

quinta-feira, junho 21, 2007

Primeiro capítulo

Hoje acordei cedo e já no café da manhã um assunto me perturbava. Perdida em meus pensamentos no ônibus para a faculdade eu cheguei a uma conclusão. Estou em conflito! Não é drama, depressão ou qualquer bobagem. Simplesmente é um estado de espírito incômodo, extremamente irritante e certamente aguçado por minha ansiedade. Vontade de fazer versus o que devo fazer. Querer X Evitar. Hora sinto, hora penso... Momentos de indecisão, insegurança. Ajo por impulso, me arrependo. Penso duas vezes antes de agir, me consumo pensando no que teria acontecido se tivesse feito o que estava com vontade. Eterno dilema. Preciso dessas teorias de mesa de bar, de conversa de fim de tarde, cerveja, amigos e papo furado... Tenho certeza que na próxima rodada de chopp isso vai ser assunto entre meu acompanhantes boêmios...

Até o bar da esquina, na mesma hora e no mesmo local!

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quinta-feira, junho 14, 2007

QUERER versus DEVER


o eterno conflito ...

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terça-feira, junho 12, 2007

Querer

Eu não quero um homem parado ao meu lado
Quero um companheiro que me escute

Eu não quero alguém que diga que ama
Quero ser abraçada quando me sentir desprotegida

Eu não quero um caso para contar para as amigas
Quero um homem pra confessar os meus segredos

Eu não quero que seja o mais bonito
Quero apenas que me valorize

Eu não quero que combine comigo em tudo
Quero que seja diferente para termos o que discutir

Eu não quero comemorar o dia dos namorados
Quero somente ganhar flores

Eu não quero que seja para sempre
Quero que seja como diz o verso: eterno enquanto dure ...

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posted by "dane-ce" at 6:25 PM 0 comments

Ter ou não ter namorado?


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.

Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de curar. Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.

Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.

Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.



Artur da Távola
(Paulo Alberto M. Monteiro de Barros)

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posted by "dane-ce" at 8:46 AM 1 comments

segunda-feira, junho 11, 2007

"Eu só queria ganhar flores"*




"Como podes ser tão insensível?
Não reparaste minha mágoa?
Eu sei...Agiste como sempre,
pensando só em ti.
Amar é algo mais de dois corpos num só.
São pequenos gestos , pequenos detalhes.
Algo que muitos também já esqueceram
por causa da dureza desse mundo mesquinho.
Pensei que fosses diferente
Pensei que fosses capaz de perceber quão belo pode ser o amor.
Doí o coração doído
Sofre o coração sofrido
O encanto foi perdido
Estou triste...
Porque agistes assim ?
Não era apenas o cansaço
Era tristeza
Não era apenas a enfermidade
Era o lamento
Não percebeste minhas lágrimas?
Entenda,amor,pois tudo que queria
Era ganhar flores..."


*texto extraído do blog da Babú: http://memoriasdeumacertabarbara.blogspot.com
agora, de onde ela tirou isso? já não sei... rs num dia desses, do cotidiano, bem banal eu perguntarei pra ela, ok?

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posted by "dane-ce" at 4:39 PM 2 comments